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No início de 2024 endereçamos aos leitores votos de um Bom Ano.

Sabemos que estes votos são habituais e que, no momento actual, serão particularmente bem-vindos, reforçando a agradável esperança da sua concretização.

A presente envolvente mundial afigura-se particularmente difícil, com o aumento das tensões geopolíticas, os conflitos em curso na Europa e no mundo e o ambiente macroeconómico incerto.  Estes factores contribuem para a densificação de um contexto desafiante para todos nós.

Sabendo que em momentos mais críticos é ainda mais relevante a eficácia das respostas, quer a nível individual quer a nível colectivo, procurámos neste número proporcionar aos leitores a análise de temas com uma dimensão reflexiva e a sugestão de pistas para o futuro.

Miguel Coelho, sustentando a sua análise nas dificuldades graves em curso em economias emergentes e em desenvolvimento, defende que o modelo operacional das Instituições Financeiras Internacionais tem de ser reformado, dando prioridade a iniciativas programáticas de maior escala, replicabilidade e capacidade para intervir na origem dos problemas; priorizando a mobilização de capital privado no topo das prioridades; dando maior primazia à mobilização de receita fiscal para produzir riqueza e não para a desperdiçar; e melhorando significativamente a qualidade e o acesso à justiça.

Maria João Teixeira analisa a evolução da regulação europeia, com especial enfoque na DMIF II e nas regras e deveres de informação e de avaliação da adequação ao investidor. Aborda, também, os desafios da digitalização e da sustentabilidade e as alterações que aquelas despoletarão para garantir o melhor interesse do investidor e o aumento da sua confiança, a par de um maior investimento no mercado de capitais. 

Tereza Cavaco aborda o tema dos pagamentos, refletindo sobre o que acontecerá no futuro e o que no presente se encontra em pleno desenvolvimento. Percorre ainda elementos que caracterizam o novo paradigma nos pagamentos e por fim lança um repto para a colaboração entre todos os intervenientes para que seja possível obter melhores resultados para todos os stakeholders.

Nuno Sampayo Ribeiro partilha uma aprofundada reflexão sobre a política fiscal e a necessidade de a repensar no contexto atual por forma a garantir objetivos essenciais de independência económica do nosso país, o bem-estar dos cidadãos e, na essência, o cumprimento, sem abusos, da função do imposto. Sublinha ainda a urgência de formação e consolidação de centros de decisão Portugueses, essenciais para alicerçar o investimento nacional e a inovação, alinhados com a transição ambiental e digital.

Através da rubrica O Sector Bancário num Minuto, da Área de Estudos e Publicações da APB, temos acesso a um painel de indicadores fundamentais que nos facultam uma visão rápida e apurada do sector. É muito reconfortante observar a sua solidez e a evolução consistente que tem vindo a demonstrar, nomeadamente em termos de resiliência e capacidade para financiar a economia. Do lado dos clientes mantem-se o aumento da utilização de canais digitais, dos pagamentos eletrónicos e da utilização da tecnologia contactless.

Concluímos partilhando o nosso desejo de que neste novo ano se possam dar passos no sentido de implementar as acções identificadas como necessárias pelos nossos autores. O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente.

Boas leituras!